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...TIMIDEZ...
...TIMIDEZ...


Indeciso Excesso de timidez pode ser doença. Indeciso


Grande parte das pessoas sente-se ansiosa em situações de exposição social. Alguns ficam nervosos nas famosas entrevistas de emprego ou exposição de seminários no local do trabalho. Outros são tímidos para convidar alguém para um encontro pra lá de especial. O coração pulsa forte e acelerado, o rubor facial delata a timidez, as mãos tremem e ficam com sudorese, os músculos ficam tensos, dá-se um nó na garganta e um sentimento de frio na barriga.

Quando tal ansiedade é normal, logo ela passa. Outros podem ficar com memórias negativas de tais situações estressoras, ficando ansiosos pela simples lembrança de tais episódios. Tais pessoas costumam ter medo de serem avaliadas, criticadas ou julgadas de forma negativa. Projetam que os outros irão lhes julgar e recriminar de forma severa e voraz, considerando-as incompetentes ou incapazes.

Podemos fazer o diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Social (TAS) ou Fobia Social (FS) nas situações em que a ansiedade, perante situações sociais, torna-se intensa, incapacitante e paralisante; prejudicando as atividades do dia-a-dia e os relacionamentos interpessoais, com grande sofrimento psíquico. Portanto, o TAS é muito mais que timidez. A timidez é uma ansiedade normal que diminui com a exposição e a experiência de vida, podendo até contribuir para um desempenho melhor nas situações sociais. Só falamos em fobia social quando a ansiedade é persistente, de alto grau e incapacitação plena.

        ← Veja as  situações mais temidas na guia (SINTOMAS)

 

Tratamentos

A terapia comportamental cognitiva costuma ser útil no tratamento, envolvendo quatro etapas importantes:

1ª) Psicoeducação: É importante que o paciente tenha um conhecimento aprofundado sobre o transtorno, tendo através de um aprendizado pleno mais confiança e determinação para superar o problema.

2ª) Reestruturação Cognitiva: Faz com que o paciente entenda o quanto os pensamentos automáticos negativos influem na ansiedade gerada, ensinando técnicas de combate a tais pensamentos.

3ª) Treinamento de habilidades sociais e Técnicas de Controle de Ansiedade: Técnicas úteis para um melhor desempenho nas situações sociais

4ª) Exposição: Enfrentamento progressivo das situações temidas.

Quanto às medicações utilizadas, incluímos os beta-bloqueadores (controlam sintomas específicos como o tremor e a taquicardia) e os antidepressivos. Os antidepressivos mais utilizados são os que atuam sobre a serotonina, ou os conhecidos de duplo mecanismo de ação, que atuam tanto sobre a serotonina quanto sobre a noradrenalina.

É importante que as pessoas não se decepcionem durante o curso do tratamento com eventuais recaídas. Isso pode acontecer, é normal. Qualquer ser humano, durante o processo de novos aprendizados comete equívocos ou falhas, isso é típico. A família também é uma forte aliada. O paciente precisa ter um papel ativo na recuperação, não pode ficar de braços cruzados jamais. No final, todo esforço valerá a pena. 


 

 Joel Rennó Jr. 
Doutor em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP. Coordenador do Projeto de Atenção à Saúde Mental da Mulher-Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP. Médico do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein-SP (HIAE).